sexta-feira, 17 de abril de 2015

História De Gnar

História A selva não perdoa a cegueira. Cada galho quebrado conta uma história. Eu cacei cada criatura que essa selva tem a oferecer. Estava certo de que não havia nenhum outro desafio aqui, mas agora há algo novo. Cada pegada tem o tamanho de um morsalodon; suas garras iguais a cimitarras. Capaz de partir um homem em dois. Finalmente, uma presa digna. Ao que persigo minha presa pelo matagal, começo a ver o estrago que essa coisa fez. Piso em um círculo deformado, feito com árvores quebradas. Estes gigantescos estandartes de madeira permaneceram em terra por eras a fio; suas cascas duras como o ferro intocadas por meros machados ou qualquer tipo de tolo que tentasse derrubá-las. Essa coisa simplesmente colocou-as de lado como se fossem gravetos. Como pode uma criatura com esse nível de força desaparecer tão facilmente? E, mesmo embora tenha deixado esse rastro inconfundível de destruição, eu ainda não fui capaz de olhá-la de perto. Como é que consegue aparecer igual a um furacão para depois desaparecer pela floresta como o orvalho da manhã? Me inquieto de antecipação por, finalmente, ficar de frente com essa criatura. Ela dará um troféu inigualável. Passando pela clareira, eu sigo o som de um riacho para apurar os meus sentidos. Lá eu vejo um pequeno tufo de pelagem laranja, agachado, aguardando. Espio-o à distância. Um pequenino peixe salta da água e a criatura se joga atrás dele, mergulhando alegremente na água corrente. Para minha felicidade, percebo que é um yordle. E caçador, ainda por cima! Isso é um bom presságio. A criatura foi encontrada. Nada me escapará. As grandes orelhas do yordle se aprumam e viram na minha direção. Ele corre de quatro com um bumerangue na mão, parando rapidamente de frente para mim. E balbucia. Eu aceno em apreciação ao jovem yordle e sigo em frente. Atravesso o terreno avariado com facilidade, tentando notar qualquer sinal de minha busca. Enquanto tento farejá-la, me distraio. Sou surpreendido por uma estranha tremulação. O yordle me seguiu. Não posso permitir que ele interrompa minha caçada. Eu o encaro e aponto para um lugar distante. Seu rosto me devolve apenas um olhar de estranhamento. Preciso ser mais insistente, bom presságio ou não. Eu recuo um pouco e solto um urro; o vento balança o sua pelagem e o chão debaixo de nós treme. Após poucos segundos, ele vira a cabeça e, como que imagino ser um sorriso no rosto, segura o pequeno bumerangue para o alto. Mais atrasos serão inadmissíveis. Eu apanho a arma de sua mão e arremesso-a em uma árvore, empalando-a entre os galhos. Ele se vira e luta para alcançá-la, pulando freneticamente. Mal ando dez passos quando um grito faz tremer a minha espinha. O estalar ensurdecedor de pedra e madeira ecoa para todo lado. À frente, uma árvore gigante cai em meu caminho. A arma de ossos do yordle cai de seus galhos. Um grunhido sobrenatural surge detrás de mim. Eu cometi um engano terrível. Amigos: Lulu
Heimerdinger

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